As seitas do Judaismo - Os saduceos

O significado deste nome não é conhecido, a menos que deriva do nome da família sacerdotal de Sadoc (1 Rei. 2: 35), nome que provavelmente se usou como distintivo comum dos diversos expoente dos pensamento da aristocracia. Esses expoentes eram o saduceos, que se preocuparam muito com os interesses seculares da nação. De forma que eram totalmente diferentes dos fariseus. O bom êxito material e político alcançado pela família do Macabeos, foi para os saduceus uma razão de satisfação. Os interesses eram principalmente políticos. Os propósitos foram enfocados naquele tópico. O separatismo estava totalmente ao contrário de sua perspectiva e suas práticas.
Eles não eram anti-religiosos, mas acreditaram que o bem-estar da nação – segundo concebiam - não requeria que as considerações religiosas fossem decisivas em todos os assuntos. Aceitavam a Torah, a Lei, como canônico; mas rejeitavam o resto do Antigo Testamento, não o consideravam inspirado, e negaram o valor da tradição (ver com. Mar. 12: 26; Luc. 24: 44) da qual dependiam muitos dos fariseus.
Os saduceos não aceitavam o ensino de uma vida futura, ou de anjos, ou de espíritos de qualquer natureza, ou de uma retribuição futura, pois declaravam que a Torah não tinham definido nenhuma declaração para estes tópicos (Josefo, Antigüidades.xviii 1. 4; guerra ii. 8. 14 [164-165; Atos 23: 8]). Os fariseus admitiam a sua dependência de Deus para obter sua ajuda, mas os saduceos dependiam de si mesmos. Eles não tiveram inconveniências para fazer alianças com os estrangeiros e usar quaisquer outros meios para o benefício da nação.
Como os saduceos representavam a aristocracia judia, eles não refletiam a visão do povo inteiro. Era, até certo ponto, uma reencarnação do helenístico que tinha existido entre os judeus, e contra qual tinham se levantado os hasidim, conquanto os fariseus fossem os descendentes ideológicos do hasidim.
Os príncipes asmoneos lograram a princípio evitar estar em favor ou dos fariseus ou dos saduceos; mas eles admitiram a colaboração de ambos distribuindo as posições públicas e as honras entre os dois grupos. Durante a vida de João Hircano, filho do nobre asmoneo Simeão, uma imprudência de alguns chefes dos fariseus os curvou para os asmoneos até o lado do saduceos (Josefo, Antiguidades xiii. 10. 6 [293-296]). Dali em diante a casa asmonea era mais abertamente helenística, quer dizer, menos judaica em sua política e em seus procedimentos; e a influência do saduceos era cada vez maior nos assuntos da nação. Porém, há pouco conhecimento sobre o saduceos porque eles não deixaram nenhum livro ou escrito.

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